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Regras de boa convivência

Os pais costumam trabalhar muito para que nada falte aos seus filhos. Ofertam a eles os melhores calçados e as roupas mais modernas. Procuram educá-los nas melhores escolas e universidades. Contratam bons profissionais para cuidarem dos seus lares. Investem em planos de saúde caríssimos.
Todos esses procedimentos são louváveis e importantes. No entanto, observamos, em milhares de famílias, infelizmente, filhos com sérios problemas em se relacionar com a vida. Filhos materialistas, autoritários e emocionalmente instáveis, que poderão se transformar em adultos mimados que não crescerão nunca. Apenas bens materiais e o excesso de zelo não são suficientes para proporcionar uma boa formação moral e um caráter ilibado aos filhos dessa geração. Existem valores intangíveis que devem ser aprendidos no lar e que são de singular importância nas famílias de hoje. Esses ensinamentos e normas de conduta, se bem assimilados e vividos em sua essência, vão ajudar a transformar essa geração nos grandes homens e mulheres do amanhã, construtores de um mundo melhor.

Amor

“Ainda que eu falasse a língua dos homens e dos anjos e não tivesse amor, eu nada seria.” Essa frase, proferida por Paulo de Tarso, possui um admirável poder de síntese para resumir um sentimento maior que pode unir a humanidade.
O amor é a energia mais poderosa do universo. O amor tem o poder de libertar qualquer pessoa que o sinta em sua plenitude. Amar é desejar o melhor para o outro incondicionalmente. Quando soubermos a exata proporção dessa força de realização e a utilizarmos no dia a dia, a paz reinará nos lares e cidades do mundo.

Tempo

O tempo é o bem mais precioso do universo e a única coisa que não volta. O minuto que passou já se foi. Ele não é apenas o momento entre o levantar e o dormir. A existência nos cobra o tempo perdido a cada minuto. Aquela preguiça em estudar para a prova. A oportunidade deixada para trás por ação do comodismo. O compromisso assumido e não realizado por descaso e displicência são exemplos clássicos da importância da “qualidade do tempo” em nossas vidas.

Gratidão

A gratidão gera bons sentimentos e deve ser ensinada pelos pais para seus filhos desde a mais tenra idade. Temos de estimular a criança a ser grata e demonstrar aos outros sua gratidão. Esta atitude virtuosa é um sentimento que dificilmente se esquece.
“Muito obrigado”, “Por favor”, “Com licença”, “Bom dia”, “Boa tarde”, “Boa noite”, são expressões de gratidão que não estão e nunca estarão em desuso e sempre vão ser gostosas de ouvir quando acompanhadas de um anseio sincero do coração.

Afeto

Amor se demonstra no dia a dia. Pais afetuosos e amigos que demonstram essa virtude aos seus filhos sabem que, pela lei da reciprocidade, também serão contemplados com manifestações espontâneas de afeto e carinho. Partilhar momentos importantes, dar atenção nas horas de dificuldade, retribuir o carinho recebido, desligar a TV e fechar o jornal para ouvir e conversar, beijar e abraçar com sinceridade são formas simples, mas eficazes, de demonstrar afeto.

Cidadania

Devemos deixar em nossa passagem pelo mundo gestos e atitudes de cidadania. No lar, pequenos gestos ajudam: ensinar a guardar os brinquedos após utilizá-los, ajudar a lavar a louça do almoço, dar uma força na limpeza do jardim, apagar as luzes antes de sair, lavar as mãos depois de ir ao banheiro. Gestos como esses, aprendidos e internalizados quando ainda se é criança, serão devolvidos para a sociedade depois na forma de adultos responsáveis, honestos e idôneos. É mais fácil ensinar do que corrigir.

Solidariedade

Ser solidário é partilhar alegrias e tristezas. É colocar o bem público acima do privado. É mover dentro de si um sentimento de amor e de fraternidade por tudo e por todos. É ser cordial e caridoso no trato com as pessoas. Enfrentamos uma competição desenfreada na sociedade: a procura pelo melhor emprego, a busca por uma vaga na faculdade, o trânsito caótico das grandes cidades. Esses e outros fatores fazem com que tenhamos de ser competitivos sempre. A solidariedade é o antídoto para os males do egoísmo. Devemos com urgência tomar consciência de que ninguém vai ser feliz sozinho. Somos seres gregários, aprendemos a viver e a nos defender em bando desde a época das cavernas.

Perdão

Esquecer ofensas pessoais ou algo de desagradável que alguém lhe fez exige uma firmeza de caráter e um desprendimento que poucos conseguem conquistar no decorrer da vida.
Na convivência em família, o perdão é fator primordial para uma boa relação entre pais e filhos. Vamos ensinar o perdão aos filhos. Para que isso aconteça, precisa-se quebrar alguns paradigmas. Temos de passar a enxergar alguns fatos da vida com as lentes da compreensão e da sabedoria. Temos de procurar ver no patrão difícil, no funcionário indisciplinado, no vizinho insensato, no governante corrupto, no familiar complicado, pessoas que podem nos ensinar algo. Não é fácil, mas é possível.

 

Por Paulo Pio

Revista Em Família nº54

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