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Por uma Casa comum na diversidade dos povos

Roma, 14 de março de 2018.

Queridas Irmãs!
Uma carinhosa saudação e uma grande alegria por encontrá-las para compartilhar um outro trecho de estrada em relação ao projeto “POR UMA CASA COMUM NA DIVERSIDADE DOS POVOS”.

Terminamos há pouco, em Fátima, o Seminário de Animação e Formação Missionária sobre o Primeiro Anúncio e a Missão Salesiana, em Europa e Oriente Médio: um processo levado em frente pelo Âmbito das Missões em sinergia com o Setor das Missões SDB.
O Seminário nos deu maior consciência sobre a importância e a atualidade do Primeiro Anúncio na Europa e no Oriente Médio. Onde não é possível pronunciar o nome de Jesus, o desafio é fazer da vida Evangelho aberto às pessoas. Vendo o nosso testemunho pessoal e comunitário, a presença que se faz proximidade, o serviço da caridade, o diálogo com aqueles que acreditam de forma diferente… todos deveriam poder ler a passagem de Deus na história da humanidade.
No mês de janeiro, refletimos sobre a mensagem do Papa Francisco para o 104º Dia Mundial do Migrante e do Refugiado: “Acolher, proteger, promover e integrar os migrantes e os refugiados” e nos empenhamos em descobrir as experiências migratórias dentro da comunidade FMA.
No mês de fevereiro, como ação concreta do nosso caminho quaresmal, assumimos o compromisso de purificar o nosso olhar em relação aos migrantes. Olhar para além dos muros da nossa casa, para além da nossa janela, olhar o outro – o migrante – como irmão, como irmã.
Para este novo 14, convido-as a se colocarem em atitude de escuta, a dar oportunidade às pessoas migrantes ou com experiência migratória que estão dentro de nossas obras, para que elas possam contar a própria história. Quanto bem pode fazer um minuto de escuta, parar sem pressa para dar a entender ao outro que “tu és importante para mim”!
Podemos empenhar-nos juntas – como comunidade – e quem sabe oferecer a estas pessoas um espaço de escuta e de interesse, mas também pessoalmente existem mil modos para aproximarmo-nos do outro e escutá-lo. Nos nossos encontros cotidianos, cada uma de nós pode dar espaço para que o outro fale de si. Enfim, é necessário trabalhar para criar uma “cultura diferente”, uma “cultura do encontro” e “não de muros e muralhas”.
O olhar purificado em relação aos irmãos e irmãs migrantes e o compromisso de uma verdadeira e sincera escuta dos seus sofrimentos e dificuldades exigem um passo a mais: a purificação do nosso vocabulário! As palavras, não poucas, que cada dia pronunciamos transformam-se em gestos e ações. Como a chuva e a neve que descem do céu e não retornam para lá sem ter irrigado e feito germinar a terra, assim cada palavra que dizemos não retornará a nós sem produzir os seus frutos!

Queridas Irmãs!

A força da palavra divina criou o céu e o mar e tudo o que neles existe… A força das palavras de Jesus curou os doentes e libertou os endemoninhados… A força da palavra de Maria cantou “magnificat” ao Senhor porque Ele fez grandes coisas… A força da “palavrinha ao ouvido” de Dom Bosco fez crescer muitos jovens na santidade, medida da vida cristã. Cada palavra tem a sua força!
Depois do Seminário sobre o Primeiro Anúncio, nascem espontâneos em nós alguns questionamentos: o que anunciamos com as nossas palavras? Quais sentimentos as pessoas leem por trás das nossas palavras? Que tipo de anúncio desejamos levar aos nossos irmãos e irmãs migrantes? Qual anúncio os migrantes, especialmente os jovens e menores não acompanhados, nos trazem de suas terras, através de suas vidas e experiências?
Para terminar, deixo-lhes as palavras de Papa Francisco (19 de abril de 2016), com o convite de transformá-la em oração, em um pedido de perdão e um impulso para purificar – neste tempo quaresmal – o olhar, as palavras e o coração em relação aos irmãos e irmãs migrantes.
«Muitas vezes não escutamos vocês! Perdoem o fechamento e a indiferença de nossas sociedades que têm medo da mudança de vida e de mentalidade exigidas pela presença de vocês. Considerados como um peso, um problema, um custo, vocês são – ao contrário – um dom. São o testemunho de como o nosso Deus clemente e misericordioso sabe transformar o mal e a injustiça que vocês sofrem em um bem para todos. Porque cada um de vocês pode ser uma ponte que une povos distantes, que torna possível o encontro entre culturas e religiões diferentes, um caminho para redescobrir a nossa comum humanidade».
Em Dom Bosco, Pai e Mestre dos jovens e dos menores não acompanhados, um abraço fraterno e uma oração diante do Tabernáculo.

Ir Alaíde Deretti
Conselheira para as Missões

 

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