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Beato brasileiro

Adílio nasceu no dia 25 de outubro de 1908, em Dona Francisca, interior do Brasil. Foi o terceiro filho, de oito, do casal Pedro Daronch e Judite Segabinazzi.
Desde cedo Adílio manifestava predileção pelas coisas da igreja e gostava de servir o padre como coroinha e ajudante em geral. Feita a primeira comunhão, começou a auxiliar no serviço do altar. Por sua vez, o Padre Manuel era, com frequência, hóspede da família Daronch e lá muitas vezes fazias suas refeições.
Adílio era um menino alegre, de temperamento um tanto reservado, gostava de futebol e desde pequeno se manifestava pela sua liderança inata, ponteando os jogos e orientando os colegas na condução das diversões, porém, não descurava o serviço de acólito por causa das brincadeiras. Levava muito a sério sua missão. Com o passar do tempo, acompanhava o Padre Manuel pelo interior, troteando em seu burrinho, ao lado do seu protetor e mestre.
O pai do jovem Adílio falecera em 05 de maio de 1923, traiçoeiramente assassinado, no município de Marcelino Ramos, em disputas entre maragatos e chimangos, que a partir de 1923, tomaram corpo e se alastraram por toda a parte, como integrante nas fileiras dos combatentes, deixando a esposa com seus sete filhos, todos menores.

Como não podia deixar de ser, a viúva de Pedro e seus filhos, após o triste acontecimento, tiveram o apoio decisivo do pastor e amigo Padre Manuel, que os confortou e acompanhou nessa triste etapa de suas vidas.
Após a morte do chefe da família Daronch, as dificuldades cresceram e o grupo familiar se dispersou, cada qual seguindo seu caminho, em diversas direções.

Dona Judite faleceu no dia 23 de março de 1932. Nesta época (Revolução de 1923), o Rio Grande do Sul vivia momentos conturbados. O estado acabava de passar pela revolução entre chimangos e maragatos em que houve muita violência e derramamento de sangue. Padre Manuel e o coroinha Adílio Daronch dirigiram-se a cavalo, para o Alto Uruguai até a Colônia Militar, onde dia 20 de maio, Adílio ainda ajudou na Páscoa de militares.

A caminho de Três Passos, ao chegar em “Feijão Miúdo” o coroinha Adílio e o padre Manuel foram atacados pelos chimangos, levados para o mato, amarrados em árvores e fuzilados. Era o dia 21 de maio de 1924.

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